domingo, 29 de agosto de 2010

Batismo

Olá a todos. O feed está funcionando.

Um fato que muita gente sabe e, por incrível que pareça, um número de pessoas maior ainda não sabe... é que um dia eu fui coroinha. Sim, eu já estive lá no altar ajudando o padre. Mas não, nunca fui abusado.

Outro fato que muita gente sabe e muito mais gente não sabe... é que eu não sou lá muito certo das idéias. Faço o que eu quero, embora nem sempre as consequências sejam favoráveis. E de todas as coisas erradas que eu já fiz, essa talvez seja a única que eu realmente me arrependa. E não tem uma vez que eu pense nisso sem sentir remorso. O que não quer dizer que, se eu morresse e tivesse de viver de novo, eu deixaria de fazer. Senão de que outra forma eu conheceria o remorso?

Foi praticamente a mesma coisa...
Enfim... estávamos eu e vários amigos na casa de uma tia minha... e tem um primo meu que eu gosto muito... e ele era bem mais novo nessa época... aí eu conversando com o pessoal e ele vinha e me zoava... eu falava pra ele parar e tal e nada... aí eu falei que se ele não parasse eu ia levar ele no banheiro e enfiar a cabeça dele na privada...

Aí ele não parou, e eu fui até o banheiro e pendurei ele de cabeça pra baixo e dei descarga. É óbvio que eu não ia fazer isso com ele... aí eu abri a torneira, molhei a mão e molhei o cabelo dele...aí beleza... a gente saiu rindo e tal...

Como não achei nenhuma foto de ninguém enfiando ninguém na privada, fiquem com essa tirinha.
Papo vai, papo vem, a zoeira voltou... aí eu falei de novo que ia levar ele lá... dei várias descargas na privada para ter certeza de que a mesma estaria limpa... e pendurei ele de cabeça pra baixo... e dessa vez eu molhei mesmo a cabeça dele... Sim, eu sou mesmo um filho da puta. O garoto saiu chorando de lá. Cinco minutos depois, chega o pai dele, puto da vida (com razão). Perguntou o que houve, explicou que ele estava chorando e que isso não se faz. Realmente isso não se faz. Tentei me justificar dizendo que eu dei várias descargas e que a privada estava limpa, que ninguém tinha usado e tal, aí ele saiu.

Decidi subir falar com o meu primo. Ele já tinha tomado banho e ainda estava triste e com os olhos inchados... aí eu mostrei pra ele que a água da privada era limpa. Como? Tomando um bom e generoso gole Enfiando a minha cabeça também na privada... e dando uma descarga lá dentro... a água subiu até chegar perto dos meus olhos. Deu medo, mas fazer o que. Se eu sou homem de enfiar a cabeça de uma criança na privada, tenho de ser de conseguir colocar a minha também.

Minha tia, que assistiu à cena, virou a cara para não vomitar. Levantei a cabeça, e procurei meu primo, com a água escorrendo pelo meu rosto (eu não lembrei de dar várias descargas antes para ter certeza de que a água estava limpa). A expressão dele foi de terror e ele saiu de perto... Aí eu achei melhor ir embora.

Nada como mais alguns aninhos no inferno...

Moral da história: se for enfiar a cabeça de alguém na privada, faça isso com quem você não conhece.

domingo, 8 de agosto de 2010

Pegando ônibus

Olá a todos.

Como já deu pra notar, este blog não tem periodicidade nenhuma. Quero ver se mais tarde eu crio um feed.

Uma vez, nos gloriosos tempos de FATEC, estava eu no ponto de ônibus esperando e checando minha carteira, quando tive uma epifania: as carteirinhas de ônibus de estudantes são amarelas, assim como as carteirinhas dos deficientes físicos também são amarelas. Como não tinha nada a perder (tirando por alguns dentes e talvez o próprio ônibus), decidi arriscar.

Essa vaga não é pra você, filho da puta!
Minha carteira tinha uma espécie de janelinha onde eu poderia colocar minha carteirinha de estudante e, assim, me passar por um falso deficiente. Lembro-me muito bem daquele dia. Estávamos em três pessoas no ponto. Quando anunciei a idéia, lembro-me de um dos meus amigos me dizer: "Duvido!" e o outro dizer "Vai então!". Prezados leitores, eu estaria mentindo se eu dissesse que essas não são as palavras que encorajam qualquer jovem a fazer qualquer merda na vida.

Posicionada a carteirinha, fui arrastando minha perna até a beira da calçada exibindo a minha carteirinha de "deficiente" e gritando: "Motorista!!! Motorista!!!". Quando o motorista estava parando o ônibus, eu já fui me dirigindo à porta de trás e, com certa dificuldade embarquei no ônibus. Não me recordo ao certo se havia lugares vagos ou se liberaram lugar para eu me sentar, mas me lembro de haver pessoas em pé enquanto eu me acomodava confortavelmente no ônibus.

Dada a minha "deficiência" que impedia minha perna de movimentar-se normalmente, levei cerca de um minuto para me acomodar. Primeiro, tentei sentar como uma pessoa normal, mas a perna não deixava. Então eu levantei e fui sentar novamente. Mas, dessa vez tomei o cuidado de entrar no banco "de ré", sentar e então ir puxando a perna que não obedecia. Olhei para as pessoas me encarando no ônibus, mordi os lábios como se lamentando "é foda..." e olhei para fora. Lá estava um dos meus amigos rolando de rir no ponto de ônibus.

Mordi os lábios mais uma vez. Eu sabia que se desse risada ali, eu ia apanhar muito. Logo chegou o outro amigo meu, que iria junto comigo nessa viagem da Fatec até o terminal São Paulo. Ele sentou-se ao meu lado e me olhou, mordendo os lábios. Retribuí, balancei a cabeça e permaneci cabisbaixo, aumentando o clima de pesar dentro do ônibus.

Ganhei cinco anos no inferno por fazer isso.
Com o tempo, começamos a conversar e tal, até que chegamos no terminal. Desci do ônibus com toda a dificuldade que eu tinha e estava conversando com ele quando vi que o outro ônibus que eu ia pegar estava saindo. Saí correndo atrás do mesmo, como se estivesse curado por um milagre.

Dois dias depois, estou eu no mesmo ponto de ônibus quando aceno para pegar o ônibus. O motorista tinha aberto a porta de trás, mas eu não me toquei e entrei pela frente mesmo, sem qualquer deficiência. Ele só ficou me olhando com cara de ódio.

Moral da história: Nunca confie num deficiente.

domingo, 1 de agosto de 2010

First Blood

Olá.

Meu objetivo neste blog será postar algumas histórias que eu já fiz. Por quê? Não sei. Pra quem? Não sei. O que eu ganho com isso? Só as migalhas que o adsense talvêz me dê se alguém clicar. Provavelmente nada.

Hoje não terei tempo de escrever nada. Só de montar a porcaria do blog. Diferentemente do Mobral, tentarei não postar nada com o objetivo de construir opinião. Só contar histórias.

Dispenso apresentações. Quem me conhece, me conhece. Quem não me conhece poderá ter uma ideia (nunca sei onde se acentua com essa porra de reforma ortográfica) pelo que vai ler aqui.

Meu mais sincero "vá tomar no cu" e tenha uma boa leitura.

Luis Borin.
Maldito.